sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Quem é o homem mais famoso que o presidente da república?

Durante grande parte da minha vida eu tinha uma dúvida persistente quando o tema era política: o que faz o vice-presidente de uma nação?  Ficava imaginando o homem ali, tranquilo, no cargo político, recebendo um bom salário (paga-se mensalmente ao presidente do Brasil e ao vice, desde 2010, a quantia de R$ 26.723,13) para rezar todos os dias para o líder máximo do Estado não ter nenhum problema durante os quatros anos de mandato e que seja reeleito, para o vice continuar a fazer o que já vinha fazendo.
   Mas, o que faz mesmo o vice-presidente?
   Bom, o que a literatura ensina é que o titular deste cargo público tem função de substituir o governante do país quando o líder precise viajar para o exterior, decida renunciar o cargo, por motivo de morte ou quando é destituído do cargo por um processo de impeachment como ocorreu com um famoso ex-presidente brasileiro, Fernando Collor de Mello.
   Também deve dar conselhos ao governante maior, mas só falar quando for chamado.
   Ou seja, na grande maioria dos casos o vice-presidente permanecerá sendo só um vice-presidente: não terá poder de assinar nada com poder de decreto, não irá aparecer na mídia, poucas pessoas saberão seu nome e dificilmente será importunado. O homem será um completo biscuit – aqueles enfeites de porcelana com a única finalidade de permanecer imóvel num determinado ambiente. E claro, neste caso, ganhando esplendidamente bem por isso.
   Inúmeras pessoas almejariam esta vida de super remuneração e praticamente total anonimato, exceto o vice-presidente do Peru Omar Chehade.
   É a primeira vez na história que um vice-presidente é mais falado do que o próprio presidente da república e não é por um curto espaço de tempo que isso acontece. O ano de 2011 terminou falando nele e 2012 tem o nome “Chehade” repetido várias vezes nos noticiários das grandes emissoras de televisão.

   Ele foi acusado por vários delitos, entre eles corrupção ativa e tráfico de influências. Sentindo que seria destituído do cargo, apresentou uma carta de renúncia dizendo-se inocente, mas que não queria ser "um fator de perturbação para o presidente, nem para o governo."
   "Este escândalo afetou minha família", informou.
   É notório que a população gostaria de ter um vice-presidente que trabalhasse mais e fizesse jus ao generoso salário que recebe, mas, se for para atuar trazendo mais corrupção para o parlamento que já anda um tanto desacreditado, é melhor pensar direito senhores futuros candidatos ao cargo: até que não é má idéia ser biscuit.

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