sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Assalto: Vale a pena reagir?!

Depois de alguns meses de ausência, retorno as postagens para discutir um assunto que está literalmente, “bombando” na mídia peruana todos os dias desta semama.  A história do estudante de 21 anos que foi preso por matar um dos assaltantes que tentava levar-lhe o celular. 
   Tudo começou numa terça-feira (10/01) quando Gastón Mansilla foi ameaçado com facas por Víctor Ríos Acevedo, 43 anos, e Christian Arenas Perona, 33 anos, após sair da universidade.
   Gastón sacou um revolver e disparou no peito de Ríos, mais conhecido como“niño viejo” , que morreu  no local.
   Após o ocorrido, a polícia capturou o cúmplice de Acevedo e o Terceiro Tribunal Penal de Lima emitiu ordem de prisão ao estudante que seguiu para a cadeia.
    O caso do jovem que perdeu a liberdade por matar em legítima defesa,  rendeu manchetes nos jornais, espaço nos noticiários e destaque nos debates televisivos.
   Movimentos de protesto contra a prisão de Mansilla ganhou forças e conquistou a opinião pública, alguns ministros decidiram interceder pelo universitário, até que ele foi libertado nesta sexta-feira (13).
   O fato que parece um novo conto de terror para os peruanos, infelizmente é bem comum para os que vivem em países de alto índice de violência. E aquilo que pode parecer um bote salva vidas para combater a violência – o armamento - geralmente se transforma no fermento para aumentar o problema.
   Se alguém pensa que reagir ao assalto inibe o ladrão, engana-se. 
   Basta abrir os jornais para ler inúmeros casos de pessoas que morrem por causa de um tênis, por um celular.   
   Antes mesmo que tenha a oportunidade de reagir, os delinqüentes matam a vítima e  levam os pertences que ela poderia estar disposta a arriscar a vida para salvar. 
   O ladrão bem informado já não irá assaltar o estudante Gastón com uma faca, o sujeito virá com um revolver.  Não pense que são pessoas que não possuem capacidade criativa: são super astutos quando se trata de ganhar vantagem da inocência alheia. Eles têm medo de morrer e não medem distância se for preciso matar.
   Como não é novidade, provavelmente a arma legal será levada por alguém ilegal para a prática de mais crimes. Se a pessoa que tentou se defender com o revolver não morreu e nem foi acusada por um crime que não cometeu, agradeça a Deus.
   Vejo a situação como uma boa oportunidade para dizer: se você não é das forças armadas, nem faz parte de alguma equipe treinada de segurança, pelo bem da nação, não faça previsão da sua personalidade diante do caos - não carregue uma arma.
   A tua vida é um bem precioso que os teus familiares e amigos não querem perder, então, faça o possível: chegue em casa sem tênis, sem celular, mas chegue vivo.
    

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